quinta-feira, 23 de maio de 2013

CAPSULITE ADESIVA - " SÍNDROME DO OMBRO CONGELADO"



CAPSULITE ADESIVA - " SÍNDROME DO OMBRO CONGELADO"


O ombro é formado por 4 articulações e é a combinação dos movimentos coordenados desse conjunto, que permite ao ombro uma amplitude de movimento maior do que qualquer outra articulação do corpo. A articulação GLENO-UMERAL dentre todas é a mais móvel e menos estável por sua cápsula frouxa e fina.



Ainda existem várias controvérsias tanto no diagnóstico como no tratamento da capsulite adesiva, mais conhecida como ombro congelado pela forma que evolui. Isso acontece por sua semelhança a outras síndromes com sinais e sintomas parecidos, como exemplos as bursites subacromiais, as tenossinovites da porção longa do bíceps, a osteoartrose da gleno-umeral, entre outras. Desta forma, não podemos afirmar que toda dificuldade em “levantar” o braço ou qualquer outra restrição de amplitude de movimento, seja capsulite adesiva.
É mais freqüente no sexo feminino, entre 40 e 60 anos, não tem preferência para lado, a dor se inicia e se agrava rapidamente, sendo este o primeiro sinal da doença que progride em três fases:
1ª Fase aguda ou hiperálgica – a dor aparece e se intensifica rapidamente, principalmente à noite, trazendo dificuldades para o sono,  podendo ser acompanhada de sudorese palmar e axilar. Os movimentos do ombro começam a ficar difíceis devido à dor ao movimento, induzindo ao paciente a retração do braço afetado para se proteger da dor. Essa fase pode durar entre 2 a 6 meses.
 
  2ª Fase de enrijecimento ou congelamento – a dor diminui, porém persiste à noite, o ombro começa se apresentar rígido e bloqueia a maioria dos movimentos (abdução, rotação interna e externa). Essa fase pode durar 12 meses
3ª Fase de descongelamento – caracteriza-se pela liberação progressiva dos movimentos, podendo levar vários meses (entre 9 e 24), pode acontecer de forma espontânea, porém a completa recuperação e mobilidade do ombro é de difícil previsão, por conta da fibrose capsular, sendo sempre necessário o acompanhamento fisioterapêutico.

A fisioterapia tem muito a oferecer na melhoria desses sintomas tão complexos, atuando nos vários sistemas envolvidos direta ou indiretamente. A recuperação pode se tornar bem mais rápida com as técnicas manuais específicas aplicadas pelos profissionais de fisioterapia, porém é necessário que o paciente entenda que o tratamento é demorado e deve ser freqüente, sem interrupções, caso contrário pode ser frustrante tanto para o paciente, quanto para o fisioterapeuta.

O tratamento fisioterapêutico consiste em mobilizações na articulação afetada de acordo com o grau de mobilidade, trações, exercícios passivos e ativos (quando é o paciente que faz sozinho).
As mobilizações intra-articulares relacionam-se aos movimentos que ocorrem dentro da cápsula articular e descrevem a distensibilidade ou “frouxidão” na cápsula articular, no qual permite que os ossos se movam. Os movimentos são necessários para o funcionamento articular normal, as mobilizações incluem em separação, deslizamento, rolamento e giro das superfícies articulares.

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