CAPSULITE ADESIVA - " SÍNDROME DO OMBRO CONGELADO"
O
ombro é formado por 4 articulações e é a combinação dos movimentos coordenados
desse conjunto, que permite ao ombro uma amplitude de movimento maior do que
qualquer outra articulação do corpo. A articulação GLENO-UMERAL dentre todas é
a mais móvel e menos estável por sua cápsula frouxa e fina.
Ainda
existem várias controvérsias tanto no diagnóstico como no tratamento da
capsulite adesiva, mais conhecida como ombro congelado pela forma que evolui.
Isso acontece por sua semelhança a outras síndromes com sinais e sintomas
parecidos, como exemplos as bursites subacromiais, as tenossinovites da porção
longa do bíceps, a osteoartrose da gleno-umeral, entre outras. Desta forma, não
podemos afirmar que toda dificuldade em “levantar” o braço ou qualquer outra
restrição de amplitude de movimento, seja capsulite adesiva.
É
mais freqüente no sexo feminino, entre 40 e 60 anos, não tem preferência para
lado, a dor se inicia e se agrava rapidamente, sendo este o primeiro sinal da
doença que progride em três fases:
1ª Fase aguda ou
hiperálgica – a dor aparece e se intensifica rapidamente, principalmente à
noite, trazendo dificuldades para o sono, podendo ser acompanhada de sudorese palmar e
axilar. Os movimentos do ombro começam a ficar difíceis devido à dor ao
movimento, induzindo ao paciente a retração do braço afetado para se proteger
da dor. Essa fase pode durar entre 2 a 6 meses.
2ª Fase de
enrijecimento ou congelamento – a dor diminui, porém persiste à noite, o ombro
começa se apresentar rígido e bloqueia a maioria dos movimentos (abdução,
rotação interna e externa). Essa fase pode durar 12 meses
3ª Fase de descongelamento –
caracteriza-se pela liberação progressiva dos movimentos, podendo levar vários
meses (entre 9 e 24), pode acontecer de forma espontânea, porém a completa
recuperação e mobilidade do ombro é de difícil previsão, por conta da fibrose
capsular, sendo sempre necessário o acompanhamento fisioterapêutico.
A
fisioterapia tem muito a oferecer na melhoria desses sintomas tão complexos,
atuando nos vários sistemas envolvidos direta ou indiretamente. A recuperação
pode se tornar bem mais rápida com as técnicas manuais específicas aplicadas
pelos profissionais de fisioterapia, porém é necessário que o paciente entenda
que o tratamento é demorado e deve ser freqüente, sem interrupções, caso
contrário pode ser frustrante tanto para o paciente, quanto para o
fisioterapeuta.
O
tratamento fisioterapêutico consiste em mobilizações na articulação afetada de
acordo com o grau de mobilidade, trações, exercícios passivos e ativos (quando
é o paciente que faz sozinho).
As mobilizações intra-articulares relacionam-se
aos movimentos que ocorrem dentro da cápsula articular e descrevem a
distensibilidade ou “frouxidão” na cápsula articular, no qual permite que os
ossos se movam. Os movimentos são necessários para o funcionamento articular
normal, as mobilizações incluem em separação, deslizamento, rolamento e giro
das superfícies articulares.
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