quinta-feira, 23 de maio de 2013

Dicas de Exercicio que podem serem feitos em Casa

DICAS DE EXERCÍCIOS PARA SEREM FEITOS EM CASA:

ALONGAMENTO

O alongamento é usado como manobra terapêutica elaborada para aumentar o comprimento de estruturas de tecidos moles patologicamente encurtados e desse modo ocorre o aumento da amplitude de movimentos, devendo ser realizados inicialmente os alongamentos passivos pois possui grandes vantagens mecânicas do que comparado ao ativo.

O exercício com o bastão, como mostra a foto ao lado, é simples e pode ser usado até com um cabo de vassoura, fazendo movimentos para cima, lentamente, contando 6 segundos bem devagar e respeitando seu limite, e para a lateral da mesma maneira.

 Podem ser realizados vários técnicas de alongamentos, como por exemplo o alongamento capsular posterior, onde o paciente aduz horizontalmente o braço, cruzando á frente do corpo e então utiliza a outra mão para puxar o braço afetado, aumentado a adução horizontal, para alongar a cápsula articular anterior.

O alongamento com as mãos atrás do dorso, segurando uma toalha com ambas as mãos, com o braço AFETADO atrás da região glútea, o paciente coloca o outro braço atrás da cabeça e, lentamente, puxa superiormente a toalha com a mão superior, até que sinta o alongamento do braço que está abaixo (afetado). FOTO ACIMA.
EXERCÍCIO DE CODMAN
Os exercícios de Codman são realizados para a mobilidade articular do ombro, pois as técnicas de auto mobilização fazem proveito do uso da gravidade para separar o úmero da cavidade glenoide. Ele ajuda no alivio da dor através de movimentos de leve tração e dão mobilidade precoce as estruturas articulares e liquido sinovial. À medida que o individuo tolera o alongamento pode-se introduzir pesos nos punhos para conseguir uma força de separação articular
Os exercícios devem ser realizados com o individuo em pé em flexão lombar segurando um peso de inicialmente meio quilo no braço afetado e deixando-o pendurado (como um pêndulo), totalmente relaxado, deixe o braço ir para frente e para trás durante um minuto, para um lado e para o outro (lateralmente) e faça movimentos circulares, ESSE EXERCÍCIO SÓ FUNCIONA SE O PACIENTE ESTIVER COM A MUSCULATURA TOTALMENTE RELAXADA, com o paciente buscando progressivamente, alcançar maiores amplitudes, porém sempre consultando o fisioterapeuta para adequar o peso utilizado e o tempo do exercício.

EXERCÍCIOS COM ROLDANA E ESCADA DE DEDOS:



Com a ponta dos dedos, vá dedilhando a parede e subindo com seus braços até o seu limite, todo movimento deve ser feito bem devagar e deve ser repetido 10 vezes, uma vez por dia.





Com um cinto qualquer objeto que possa substituir uma roldana, faça exercícios para subir e descer, sempre respeitando o limite da dor, também deve ser feito bem devagar e quando o braço lesionado estiver no seu grau máximo (sem muita dor), aguarde alguns segundos para descer. Repetição: 10 vezes, uma vez por dia. 





FORTALECIMENTO

Os exercícios de fortalecimento, são prescritos a medida que o tratamento for evoluindo, são importantes para a reabilitação total do paciente porém deve ser feito com muita cautela e no tempo certo, com auxílio profissional.



TRATAMENTOS COMPLEMENTARES





TENS - Aparelhos também podem ser utilizados para auxiliar na analgesia e ação antinflamatória como TENS (eletrodos que fixados ao local da dor, emitem “choquinhos” que tem como função diminuir a dor). 






ULTRASSOM - (cabeçote que utilizado com gel no local, tem como função diminuir o processo inflamatório). Na fase crônica da patologia, o calor pode contribuir para o relaxamento muscular e o descolamento capsular.


O diagnóstico médico correto, conseguido através de testes específicos e exames complementares, confirmado pelo fisioterapeuta é fundamental para o sucesso do tratamento, não é raro nos depararmos com diagósticos e consequentemente tratamentos incorretos que não vão dar em lugar algum e ainda podem causar outros tipos de lesões.
Importa referir novamente, que cada caso tem uma evolução diferente, uma condição clínica específica e por isso prognósticos diferentes, dependendo do estado avançado da patologia.

CAPSULITE ADESIVA - " SÍNDROME DO OMBRO CONGELADO"



CAPSULITE ADESIVA - " SÍNDROME DO OMBRO CONGELADO"


O ombro é formado por 4 articulações e é a combinação dos movimentos coordenados desse conjunto, que permite ao ombro uma amplitude de movimento maior do que qualquer outra articulação do corpo. A articulação GLENO-UMERAL dentre todas é a mais móvel e menos estável por sua cápsula frouxa e fina.



Ainda existem várias controvérsias tanto no diagnóstico como no tratamento da capsulite adesiva, mais conhecida como ombro congelado pela forma que evolui. Isso acontece por sua semelhança a outras síndromes com sinais e sintomas parecidos, como exemplos as bursites subacromiais, as tenossinovites da porção longa do bíceps, a osteoartrose da gleno-umeral, entre outras. Desta forma, não podemos afirmar que toda dificuldade em “levantar” o braço ou qualquer outra restrição de amplitude de movimento, seja capsulite adesiva.
É mais freqüente no sexo feminino, entre 40 e 60 anos, não tem preferência para lado, a dor se inicia e se agrava rapidamente, sendo este o primeiro sinal da doença que progride em três fases:
1ª Fase aguda ou hiperálgica – a dor aparece e se intensifica rapidamente, principalmente à noite, trazendo dificuldades para o sono,  podendo ser acompanhada de sudorese palmar e axilar. Os movimentos do ombro começam a ficar difíceis devido à dor ao movimento, induzindo ao paciente a retração do braço afetado para se proteger da dor. Essa fase pode durar entre 2 a 6 meses.
 
  2ª Fase de enrijecimento ou congelamento – a dor diminui, porém persiste à noite, o ombro começa se apresentar rígido e bloqueia a maioria dos movimentos (abdução, rotação interna e externa). Essa fase pode durar 12 meses
3ª Fase de descongelamento – caracteriza-se pela liberação progressiva dos movimentos, podendo levar vários meses (entre 9 e 24), pode acontecer de forma espontânea, porém a completa recuperação e mobilidade do ombro é de difícil previsão, por conta da fibrose capsular, sendo sempre necessário o acompanhamento fisioterapêutico.

A fisioterapia tem muito a oferecer na melhoria desses sintomas tão complexos, atuando nos vários sistemas envolvidos direta ou indiretamente. A recuperação pode se tornar bem mais rápida com as técnicas manuais específicas aplicadas pelos profissionais de fisioterapia, porém é necessário que o paciente entenda que o tratamento é demorado e deve ser freqüente, sem interrupções, caso contrário pode ser frustrante tanto para o paciente, quanto para o fisioterapeuta.

O tratamento fisioterapêutico consiste em mobilizações na articulação afetada de acordo com o grau de mobilidade, trações, exercícios passivos e ativos (quando é o paciente que faz sozinho).
As mobilizações intra-articulares relacionam-se aos movimentos que ocorrem dentro da cápsula articular e descrevem a distensibilidade ou “frouxidão” na cápsula articular, no qual permite que os ossos se movam. Os movimentos são necessários para o funcionamento articular normal, as mobilizações incluem em separação, deslizamento, rolamento e giro das superfícies articulares.